Monica Reifegerste, brasileira de ascendência alemã, nasceu em São Paulo, capital, em 1961, numa família cristã.
Concluiu o ensino médio em 1979 e em janeiro de 1980 aos 18 anos de idade, foi morar na cidade de Colônia na Alemanha com sua tia-avó, Melita Kremp. Durante o primeiro semestre na Alemanha cursou a Volkshochshule, a mais famosa escola de alemão da Alemanha, uma instituição de ensino subsidiada pelo governo que oferece mais de quinze cursos de idiomas.
Em outubro de 1980, através de um programa de intercâmbio para jovens conhecido como ‘Au Pair’, foi morar com uma família alemã irlandesa em Dublin, na Irlanda, e fez cursos de inglês até o final de 1981. Durante sua permanência na Irlanda, adquiriu a cidadania alemã através da Embaixada da Alemanha em Dublin.
No início de 1982 retornou para a Alemanha, desta vez para Stuttgart, a maior cidade e capital de Baden-Württemberg, onde morou e trabalhou no setor de hotelaria/gastronomia até o início de 1989.
Em março de 1989, retornou para o Brasil e foi morar em Florianópolis SC, uma vez que sua família havia se mudado para lá. Durante os primeiros anos, foi professora particular de alemão e no segundo semestre de 1991 ingressou na Universidade Federal de Santa Catarina, onde foi licenciada em Pedagogia em 1985.
Nos anos entre 1996 e 1998 continuou na função autônoma de professora particular de alemão, e no segundo semestre de 1998 deu aulas de inglês para turmas de 5ª a 8ª série e do ensino médio na Escola Estadual Padre Anchieta, em Florianópolis, SC.
Em fevereiro de 1999, foi contratada via concurso público pela Infraero, Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária, e trabalhou no setor operacional do Aeroporto Internacional de Florianópolis até 2017, quando foi aposentada administrativa pelo INSS, devido a um câncer de mama adquirido em 2015, do qual se curou, porém os tratamentos quimioterápicos deixaram uma seqüela, a NPIQ – Neuropatia Periférica Induzida por Quimioterapia.
Amante de animais em geral e, em particular, apaixonada por cães, Monica sempre teve muitos animais de estimação durante sua infância e, mesmo durante sua permanência na Alemanha, teve uma pastora alemã chamada Linda, adquirida de um abrigo de animais administrado pela prefeitura de Stuttgart.
No ano de 2002, teve sua primeira experiência com a raça Dogue Alemão, quando adquiriu uma fêmea chamada Gemini. Em 2003, por razões familiares, Gemini foi morar com uma família próxima do seu convívio, cujo pai da família era veterinário e lá viveu até os seus 12 anos de idade.
Em 2004, Monica adquiriu uma fêmea da raça Dogue Alemão do Canil Windgard no Rio de Janeiro, RJ, cuja cor da pelagem era merle-plaqueada. Ela lhe deu o nome de Maxim.
Desde então, Monica possui e cria Dogues Alemães, porém, apenas pouquíssimos acasalamentos cuidadosamente selecionados foram realizados, no intuito de manter sua própria matilha (plantel) e para pessoas e famílias também cuidadosamente escolhidas, dispostas em adquirir um de seus filhotes em regime de copropriedade (guarda compartilhada).
Como amante da raça, ela vem pesquisando e estudando o Dogue Alemão desde 2004, desenvolvendo um site especializado, escrevendo e publicando alguns ensaios sobre questões polêmicas e controversas sobre a raça, publicados em seu próprio site e fóruns de redes sociais.
Em 2009, ela criou e registrou os direitos autorais dos assim chamados “Naipes dos Dogues”, um conjunto de símbolos representando cada uma das diferentes cores presentes nas três variedades da raça, com o objetivo de facilitar o entendimento para leigos sobre as variedades do Dogue Alemão e suas cores, buscando trazer luz sobre a incoerente e controversa exclusão da cor merle nos padrões oficiais da raça através de uma abordagem lúdica e criativa.
Ao longo dos séculos, desde a confecção do primeiro padrão oficial da raça em 1880 pela Alemanha, a exclusão indevida dos dogues alemães merles foi se solidificado na cultura e no imaginário dos criadores desta raça, com argumentos de que se tratava de uma cor cujo gene estaria associado indiscriminadamente à reprodução de indivíduos surdos, cegos e/ou outros defeitos genéticos.
Por conseguinte, criadores em todo o mundo “normatizaram” a prática da eutanásia a um sem-número de filhotes merles saudáveis, ou seja, mesmo quando a grande maioria destes indivíduos não apresentava nenhuma destas patologias genéticas.
Uma das principais razões desta prática absurda e antiética pode ser atribuída à falta de conhecimento e, por conseguinte, à exclusão desta cor de pelagem dos padrões oficiais da raça fazendo com que, consequentemente, estes indivíduos passassem a ter um valor comercial muito aquém dos custos necessários para o seu desenvolvimento e manutenção na ninhada da qual pertencem, como também em relação aos seus valiosos irmãozinhos pretos e arlequins. (Preto-Plaqueados e Preto-Mantados inclusos.)
Desde cedo, ficou claro para a autora de que a única maneira de abordar incisiva e eficazmente a exclusão indevida dos dogues alemães merles nos padrões oficiais da raça para promover a necessária reparação só teria êxito através de estudos genéticos destes indivíduos, cujo genótipo é – comprovadamente - parte intrínseca da variedade dos dogues alemães arlequins e pretos (do seu pool genético). A partir de então, ela passou a buscar conhecimento especializado nesta área, porém, naquela época, ainda havia poucos estudos e pesquisas sobre o assunto.
Paradoxalmente às práticas de eutanásia dos indivíduos merles, ficou cientificamente comprovado que todo dogue alemão arlequim possui necessariamente o gene merle, sem o qual a cor de pelagem arlequim (seu fenótipo) não se manifestaria.
O que significa que, necessariamente, os tão cobiçados dogues alemães arlequins precisariam ser extintos para que não mais ocorresse a reprodução de dogues alemães merles, uma vez que quase sempre em que um dos progenitores é um dogue alemão arlequim, haverá filhotes merles na ninhada.
Ou, de outra via, que fossem estabelecidas normas rígidas de acasalamento dentro desta variedade do Dogue Alemão, sendo necessário nesta normatização tão somente a proibição de acasalamentos entre arlequins, ou entre merles, ou entre merles e arlequins, pois, comprovadamente, somente nestes acasalamentos ocorrem nascimentos de dogues surdos e cegos, ou seja, é quando ocorrem indivíduos que possuem o gene merle duplo.
O dogue alemão “merlequim” (pelagem branca com manchas esparsas de cor merle sobrepostas) é resultante de acasalamentos entre arlequins, ou entre merles, ou entre arlequins e merles, e estes sim, possuem patogenias e não deveriam ser reproduzidos, uma vez que estes acasalamentos deveriam ser terminantemente proibidos.
Todavia, mesmo sabendo disso, muitos criadores continuam acasalando dogues arlequins entre si e, paradoxalmente, militando ferozmente contra a inclusão do dogue merle nos padrões oficiais da raça e praticando, à surdina, a eutanásia dos filhotes “indesejáveis.”
Foi, então que, no início de 2010, ela decidiu escrever uma fábula em forma de parábola para adultos e crianças, (com a aparência de uma crônica infantil), a fim de trazer conhecimento e conscientização sobre questões éticas e morais deste equívoco nos padrões oficiais da raça, abordando o assunto figurada ou metaforicamente.
Então, em 20 de abril de 2010, o livro de sua autoria “The Legend of Maxim and The Curse of Probopolo” – A lenda de Maxim e a Maldição de Probopolo – escrito originalmente em inglês, foi registrado na Central de Direitos Autorais dos Estados Unidos da América, US Copyright Office, cujo Certificado de Registro foi emitido em 7 de maio de 2010, sob o número TXu 1-719-679.
Em 19 de maio de 2010, este livro foi registrado também no Escritório de Direitos Autorais da Fundação da Biblioteca Nacional EDA/FBN, sob o Certificado de Registro de número 495.653.
Em 2012, ela traduziu para o português o Padrão Oficial da Raça Dogue Alemão, estabelecido pelo DDC – Deutscher Doggen Club – Clube Alemão do Dogue Alemão – e publicado pela CBKC – Confederação Brasileira de Cinofilia, além de ter confeccionado uma versão ilustrada que foi publicada em grupos de dogue alemão no Facebook, e distribuída em material físico para vários criadores de renome no país.
Este padrão oficial da Raça Dogue Alemão foi revisado e atualizado em 8 de outubro de 2012 pela entidade responsável, o DDC, Deutscher Doggen Club 1888 e.V.
Assim surgiu “A Lenda de Maxim e a Maldição de Probopolo”, a partir da controversa exclusão e prática da eutanásia em filhotes merles saudáveis, um enredo construído sobre fundamentos bíblicos e numa abordagem evangelística.
Finalmente em 2024, a autora resolveu reescrever toda a trama na sua língua natal, a língua portuguesa, com muito mais propriedade e conhecimento, trazendo ainda muitos apêndices interessantes sobre a raça, com uma abordagem divertida, instrutiva e educativa para toda a família e para os amantes da raça Dogue Alemão em todo o mundo.
Uma história emocionante que promete conquistar corações!
03 de setembro de 2024.
Conheça as Três Variedades do Dogue Alemão e Suas Cores:
Clique no documento abaixo para acessar os Certificados de Registro de Direitos Autorais: